Oluwatosin Tolulope Ajidahun destaca que os testes genéticos pré-implantacionais (PGT) têm se consolidado como um recurso essencial na medicina reprodutiva moderna. Essa tecnologia permite a análise genética de embriões antes da implantação no útero, sendo fundamental para prevenir doenças hereditárias e aumentar as chances de sucesso em tratamentos de fertilização in vitro (FIV). Com o avanço das técnicas laboratoriais, o PGT oferece mais segurança aos casais que desejam construir uma família com saúde e planejamento.
O que são os testes genéticos pré-implantacionais (PGT)?
Os testes genéticos pré-implantacionais consistem em um conjunto de exames realizados nos embriões gerados por FIV, antes da transferência para o útero. Essa avaliação busca identificar anomalias cromossômicas ou genéticas, permitindo a seleção dos embriões mais saudáveis para a implantação. De acordo com Tosyn Lopes, essa triagem é especialmente útil em casos de infertilidade recorrente, abortos espontâneos ou histórico familiar de doenças genéticas.
Além de oferecer uma triagem precisa, o PGT contribui para reduzir o tempo necessário até uma gravidez bem-sucedida. Ao selecionar embriões com maior potencial de desenvolvimento, os especialistas conseguem evitar transferências ineficazes e, assim, otimizar os ciclos de FIV.
Prevenção de doenças hereditárias com o PGT
Uma das grandes vantagens dos testes genéticos pré-implantacionais está na prevenção de doenças hereditárias graves, como fibrose cística, distrofias musculares e talassemia. Segundo Tosyn Lopes, ao identificar essas condições ainda na fase embrionária, é possível evitar a transmissão para as futuras gerações, promovendo um planejamento familiar mais consciente e seguro.
Essa prevenção também tem impacto direto na qualidade de vida das famílias, ao reduzir o risco de tratamentos médicos complexos e garantir o nascimento de crianças saudáveis. Além disso, o PGT colabora para decisões éticas e informadas no processo reprodutivo, especialmente em casais com histórico genético preocupante.

Aumento nas taxas de sucesso da FIV com o uso do PGT
Com a aplicação do PGT, clínicas de reprodução assistida vêm registrando melhores resultados em termos de taxas de implantação, gravidez e nascimento. Tosyn Lopes frisa que a identificação prévia de embriões com alterações cromossômicas impede transferências malsucedidas e contribui para a redução de abortos espontâneos, o que representa um avanço significativo na experiência dos pacientes.
Outro ponto relevante é que o PGT permite a realização de transferências embrionárias únicas, evitando gravidezes múltiplas, que muitas vezes trazem riscos para a mãe e os bebês. Essa estratégia reduz as complicações obstétricas e aumenta a previsibilidade do tratamento.
Quando o PGT é indicado e quais são seus limites?
Oluwatosin Tolulope Ajidahun elucida que o PGT é especialmente indicado para casais que enfrentam falhas repetidas de FIV, mulheres com idade avançada, portadores de doenças genéticas ou aqueles que já tiveram filhos com síndromes cromossômicas. Nessas situações, o exame atua como uma ferramenta de apoio ao diagnóstico e à escolha do melhor embrião.
Contudo, é importante compreender que o PGT não garante gravidez e não substitui a avaliação médica criteriosa. Ele também não analisa todas as doenças possíveis, o que exige acompanhamento especializado para interpretação adequada dos resultados. Portanto, o aconselhamento genético é uma etapa indispensável antes da realização do teste.
Considerações éticas e o futuro do PGT
À medida que a tecnologia avança, os testes genéticos pré-implantacionais vêm despertando debates éticos sobre os limites da seleção embrionária. Tosyn Lopes analisa que, embora o PGT ofereça muitos benefícios, seu uso deve estar sempre ancorado em princípios éticos, respeitando a diversidade genética e evitando qualquer forma de eugenia.
O futuro aponta para testes ainda mais precisos e acessíveis, com possibilidade de integração com novas tecnologias de edição genética. No entanto, é essencial que essa evolução ocorra com regulamentações claras, protegendo os direitos dos futuros indivíduos e promovendo práticas responsáveis na reprodução assistida.
Autor: Mia Larsen Silva